Em vez disso, elas são o fruto tardio de uma longa história social que Nietzsche reconta. Nossos impulsos e afetos nos são primeiramente ensinados lá: não há nada original neles! De acordo com a hipótese (contra uma ontologia substancial) de uma pluralidade originária de sentimentos [Empfindungen] em conflito, não pode haver algo como uma paz genuína, harmonia ou acordo consigo mesmo. 1717 Cf. - (Nachlass/FP 11[182], KSA 9. Que possibilidades restam hoje para um diálogo entre Nietzsche e o Cristianismo? O Nascimento da Tragédia Friedrich Nietzsche de: R$ 12,00 até: R$ 200,10. ... 1.7 – Nietzsche e seu antípoda, Renan, 80 1.8 – Renan contra Strauss, 105 1.9 – Vie de Jésus, 115 1.9.1 – Crítica das fontes, 116 1.9.2 – O método de Renan, 119 "Selbstbegründung. O nível ou a proporção a que se refere o máximo antagonismo interno consistente com a existência individual é determinado pelas relações de tensão entre indivíduos que são mais ou menos iguais em força, de modo que nenhum é subjugado ou absorvido pelos outros. Oxford: Oxford University Press, 1998. A luta contra o niilismo que decorre da dissolução do mundo dos valores morais dá início à “época trágica da Europa” (KSA 12, FP 5(50) – outono de 1886–verão de 1887). também Nachlass/FP 23 [35], KSA 7.555: "Sokrates bricht mit der bisherigen Wissenschaft und Kultur, er will zurück zur alten Bürgertugend und zum Staate" ["Sócrates rompeu com a ciência e a cultura da época; ele pretendia um retorno à antiga virtude cívica e ao estado"]. Ver Livros. Uma das narrativas de Nietzsche acerca do tornar-se sobre-humano toma a forma de uma antevisão de uma futura “aristocracia superior” (Nachlass/FP 10 [17], KSA 12.462; 9 [153], KSA 12.424). Isso é eutanásia, completamente infecundo! Universitária do Pará, 2002. A sociedade não é formada através de um contrato entre indivíduos preexistentes; mas é a própria sociedade que educa e forma indivíduos, de modo que eles são produto da sociedade. Die Philosophen als Moralisten: sie untergraben den Naturalismus der Moral" [Crítica da filosofia. Nietzsche registra no verso do frontispício do livro 3. O contra-argumento nietzschiano é tanto crítico quanto construtivo. Os argumentos a favor do caráter social da (auto) consciência individual extraídos da linguagem, expostos no § I, são aqui reforçados em termos de uma internalização de interpretações e julgamentos morais alheios. Este argumento faz parte da crítica mais ampla de Nietzsche à consciência em favor do corpo, este entendido como corpo social: incorporado em relações sociais, formado por elas e governado pelo mesmo tipo de "razão" que governa as interações sociais. Liberals and Communitarians. Ver Livros. (N. T.). Trad. Aspectos desse ideal político podem ser compreendidos nos tipos de relações descritas por Nietzsche no seu modelo orgânico de soberania, como no tópico "1) como autorregulação", onde o antagonismo aparece na forma de "medo de toda interferência estrangeira" e "no ódio contra [gegen] os inimigos". O mesmo pode ser dito de sua sociofisiologia, na qual Nietzsche formula um ideal prescritivo de soberania centrado no conflito. Muitas das funções autorreguladoras do modelo orgânico de soberania proposto por Nietzsche (Nachlass/FP 11[182], KSA 9.511) podem ser identificadas nessa descrição: * "aquele que deseja de forma superabundante" refere-se a "2) Abundante compensação [overcompensation]: sob a forma da cobiça, prazer de apropriação, ânsia de poder"; * "aquele que [de forma superabundante] nutre a si mesmo" refere-se a "3) Assimilação de si mesmo: sob a forma de louvor e censura, fazer os outros dependentes de si com o astuto fim de decepcionar, aprender, habituar, comandando e incorporando [Einverleiben] julgamentos e experiências;". ___. Essa consequência dessa explicação da moralização dos nossos impulsos é a destituição de seu sentido moral: o conceito de um impulso mau é contraditório, uma vez que a satisfação de um impulso não é boa nem má; em si mesma ela é simplesmente agradável [angenehm]. Nietzsche, Politics & Modernity. In. Nietzsche pretende claramente que esse ideal apresente-se como um contra-ideal tanto à noção liberal de autonomia subjetiva quanto ao ideal socrático de paz interior ou acordo consigo mesmo, à lei moral e ao conformismo. 8 RESUMO A presente tese tem como objetivo reconstruir o diÆlogo de Nietzsche com a história do ... Obras de Nietzsche: KSA = Sämtliche Werke. Nachlass/FP 24 [7], KSA 10.646: "unser Bedürfniß ist jetzt die Welt zu entmoralisiren: sonst könnte man nicht mehr leben [...]" [O que precisamos agora é destituir o mundo de seu sentido moral: do contrário não conseguimos mais viver]. Commentators have tended to proceed from the assumption that Nietzsche’s valorizations of artistic falsehood reduce to claims about representational falsehood. Journal of Nietzsche Studies 38, Fall, 2009, p. 20-37. A tese é que os nossos impulsos não são "naturais", mas aprendidos e assimilados da sociedade ou estado. Feeling is the sign of a motion that has been made statically perceptible, i.e. Nietzsche fala da "reorganização e da assimilação e excreção de impulsos" como necessária para transformar um ser humano de órgão em organismo. A sociofisiologia de Nietzsche impossibilita que nossa capacidade racional seja abstraída de nossa existência incorporada, afetiva. d�l��-�+�dIN����JA.�t8�d�G�#��{�(t��@7����a�k�*�P��Tz*�S-���J�p��� �6�zg/��Œmd�eїe/߱����t��ݳ��`�ӆq��|�z{�>�y. Em outros contextos, Nietzsche nos alerta contra a associação do pretenso "indivíduo" com o "sistema-de-vida" [life-system] que nós realmente somos: Mas eu distingo: os indivíduos imaginários e os "sistemas-de-vida" [Lebens-systeme] reais que cada um de nós somos - eles são confundidos, ao passo que "o indivíduo" é a soma de sentimentos conscientes [Empfindungen], julgamentos e erros, uma crença, uma pequena parte do sistema-de-vida real ou mesmo muitas pequenas partes concebidas juntas e associadas [zusammengedacht und zusammengefabelt], uma "unidade" que não se sustenta. E nós sentimos desprazer com a satisfação de um impulso como resultado da internalização, em nosso meio social, de interpretações, julgamentos ou proibições alheias. O segundo ponto estará localizado no contexto da reconstrução fisiológica nietzschiana do indivíduo como dividuum no § IV. São Paulo: Cia das Letras, 1992. Tudo isso implica claramente uma crítica da noção liberal de liberdade como o direito de escolher o conceito de bem, direito este associado a uma pessoa concebida como associal e previamente individuada. [ Links ], ______. "Idealisirung")" [a lei moral feita soberana (- até converter-se no oposto da natureza -) / Passos da "desnaturalização da moral" (A chamada idealização)]. In. Ver egoísmo como um erro! Nietzsches omduiding van het substantiebegrip, Maastricht: Shaker, 2003. São eles 1. que a soberania exige um ethos radicalmente individual de autolegislação; e 2. que a soberania requer a maximização do antagonismo ou luta entre os impulsos ou poderes constitutivos do indivíduo. Nachlass/FP 6 [58], KSA 9.207), a grande soberania resulta da maximização do antagonismo entre forças e do sentimento de poder sobre si mesmo que provém da capacidade de ordená-las. Princeton: Princeton University Press, 1996, p. 245-256. Para entender os outros não é o bastante usar as mesmas palavras: deve-se utilizar também as mesmas palavras para as mesmas experiências interiores [innere Erlebnisse] - e deve-se tê-las em comum [...] Qual grupo de sensações fica em primeiro plano é o que determina as avaliações: mas as avaliações são consequências de nossas necessidades mais íntimas. 2008 13 O TERMO “RESSENTIMENTO” Na segunda metade do … Nietzsches "Vom Nutzen und Nachteil der Historie für das Leben", Epistemata Würzburger Wissenschaftliche Schriften, Reihe Philosophie Bd. Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Nietzsche tells us in an early note (KSA 8, 5[146]) that Greek institutions were healthy in not separating culture from nature in the manner of a good-evil scheme. O erro é o pai dos seres vivos. Isso descarta não apenas as teorias contratualistas liberais que pressupõem nossa capacidade racional ou reflexão autônoma (p.ex. O Andarilho e sua Sombra § 83, ksa 2.589-590. Zijn en Worden. "Philosophy and Politics". O conceito soberano"]. ["ali nada mais resta senão eu comigo mesmo; o cuidado consigo mesmo se torna a alma da filosofia"]. 7 Cf. FREEMAN, S. In. Pois no que concerne às origens sociais e à função da (auto) consciência a implicação do argumento é que nós somos indivíduos (auto) conscientes apenas na medida em que somos indivíduos sociais. Como nós esperaríamos a partir dos textos considerados no § III, essa multiplicidade "interior" é formada através da internalização de costumes sociais. Sem a representação protoplasmática de uma "coisa estável" fora de nós mesmos, não haveria submissão nem assimilação. Interessa ao filósofo não a verdade histórica, ou seja, o texto da verdadeira pregação do Cristo, mas a reconstituição de seu tipo psicológico. Berlin, Boston: De Gruyter. On the positive side is the constructive counter-claim that the maintenance and cultivation of our capacities for productive, autonomous agency is dependent on relations of measured antagonism both between and within us as individuals, or rather: as dividua. Sobre a (pré) história e a constituição social de nossas capacidades como indivíduos autônomos. Qualquer que seja o significado exato de "sentimento cósmico", ele acarreta um modo de relacionar-se consigo mesmo e com os outros para além das falsas unidades do "eu" e do "tu", e é parte do programa prescritivo de livrar-se de uma concepção equivocada de indivíduo anunciado nessa anotação. Não mais se identificaria a religião com a Igreja enquanto instituição de poder, mas sim, como espiritualidade e vida interior que sente o vínculo entre indivíduo e terra, e o impele a identificar-se com a totalidade do todo que existe, afirmando a vida e compreendendo-se como parte dela. a contained and annihilated motion. Contudo, elas cobram um preço elevado. 512). Nietzsche-Studien 7, 1978, p. 189 - 223. Mas isso levanta a seguinte questão: que sentido de liberdade individual ou soberania a sociofisiologia de Nietzsche deixa em aberto? ).Democracy and Difference: Contesting the boundaries of the political. uma inteligência superior e independente dele; se no mundo reina uma. Isso é uma clara referência ao ideal socrático de acordo consigo mesmo16 e à tendência eudaimonística que Sócrates introduz na filosofia17. Aqui Nietzsche nos adverte contra a autossubmissão - ou sacrifício pelo desconhecido - tal como a "lei moral eterna" - em favor de uma moralidade radicalmente individual. As coisas não giram em torno do estado de suas almas: pois sobre esse estado não é possível refletir sem risco"]; e igualmente Nachlass/FP 6 [15] KSA 8.103: "sie [die ältere Philosophie - HS] ist nicht so individuell-eudämonologisch, ohne die garstige Pretension auf Glück" [Ela [a filosofia arcaica HS] não é tão individual e eudaimonisticamente orientada, nela não se encontra a desagradável pretensão à felicidade"]. [ Links ], OWEN, David. À diferença dos primeiros escritos, ARTIGO AS FORMAS DO RESSENTIMENTO NA FILOSOFIA DE NIETZSCHE PHILÓSOPHOS 13 (1): 11-33, jan./jun. Mas alguém poderia perguntar qual a medida certa de conflito e como ela é determinada. 2) Abundante compensação (overcompensation): sob a forma da cobiça, prazer de apropriação, ânsia de poder, 3) Assimilação de si mesmo: sob a forma de louvor e censura, fazer os outros dependentes de si com o astuto fim de decepcionar, aprender, habituar; comandar e incorporar [Einverleiben] julgamentos e experiências, 4) secreção e excreção: sob a forma de desprezo, desgosto por qualidades que por si só não são mais úteis; comunicando [mittheilen] sua abundante benevolência, 5) Poder metabólico: veneração temporária, admiração, tornar-se dependente, enquadrar-se, quase dispensar o exercício das outras funções orgânicas, transformando a si mesmo em um "órgão", ser capaz de servir. 238. Ästhetik der Historie: Fr. A fim de ser perfeitamente tranquilo e sem sofrimento interior, alguém pode simplesmente se desacostumar dos sentimentos profundos, de modo que em sua fraqueza desperte somente fracas forças contrárias: eles podem então, em sua sublimada tenuidade, ser desentendidos e dar aos seres humanos a impressão de que estão em completa harmonia consigo mesmos... - Assim é na vida social: se tudo deve proceder altruisticamente, então as oposições entre indivíduos devem ser reduzidas a um mínimo sublime: de modo que todas as tensões e tendências hostis, através das quais o indivíduo mantém a si mesmo como indivíduo [durch welche das Individuum sich als Individuum erhält] mal são percebidas, o que quer dizer: os indivíduos devem ser reduzidos à mais delicada tonalidade da individualidade! Os julgamentos morais alheios não são apenas a fonte dos nossos julgamentos morais; eles são a matéria ou conteúdo original de nossa mente e fornecem nossa própria imagem e compreensão de nós mesmos. Cf. Nietzsche planeja aqui reconstruir esse processo de desnaturalização, passo a passo. sobre as origens sociais do fenômeno moral (como internalização de normas comuns); e. IV. Ele [o estado] é que faz com que seja possível aos seres humanos existirem como animais de rebanho. Segundo Nietzsche, como veremos, o desacordo ou alguma quantidade de conflito é necessária para o pluralismo genuíno. "Nietzsche contra Liberalism on Freedom". No Fragmento póstumo 11 [182], como vimos, ele escreve sobre o conformismo e a servidão ao longo do caminho dos filósofos morais. Assim, a igualdade prevalece amplamente! Über Werden und Wille zur Macht, Nietzsche-Interpretationen I Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1999, p. 97-140. Nossos próprios impulsos aparecem a nós sob a interpretação de outros: embora no fundo eles sejam todos agradáveis [angenehm], eles estão tão misturados com sentimentos desagradáveis que os acompanham [unangenehmen Beigefühlen] através de julgamentos inculcados a respeito de seu valor, que de fato alguns são agora sentidos como maus impulsos: "eles me levam onde eu não deveria [nicht sollte] ir" - quando na verdade um impulso mau é uma contradictio in adjeto. Compre online Nietzsche, de Magnus, Bernd, Higgins, Kathleen M. na Amazon. 1212 Cf. Isso é eutanásia, é completamente infecundo! Social Research 57/1 (Spring), 1990, p. 73-103. 23 novos e 32 usados. ["Para Sócrates não era mais possível salvar o bem-estar geral. Na primeira fase da história contada por Nietzsche, somos apenas órgãos de um organismo social maior que se autorregula e ao qual pertencemos ("sociedade"/"o Estado"). [ Links ], ______. Fragmentos Póstumos, KSA 13, 492 NF 16(32). A ontologia social dinâmica e plural na qual se funda o conceito de soberania de Nietzsche rompe com a metafísica substancial sobre a qual repousa a noção de pessoa associal e previamente individuada. Contra o sujeito como uma substância unificada. Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um filósofo, escritor, poeta e filólogo alemão, um dos mais impo... (página 5) Grande parte dessa crítica é dirigida ao conceito de sujeito, frequentemente visto como a fonte de nossa crença projetada em coisas estáveis ou mesmo em substâncias no nosso entorno. Primeiro a sociedade educa o ente singular [das Einzelwesen], o pré-forma em meio - ou indivíduo inteiro -; ela não é formada de entes singulares, nem do contrato entre eles! de Gruyter, 2015, pp. In. Der Einfluss von Wilhelm Roux auf Fr. Princeton: Princeton University Press, 1996, p. 245-256. Kritische Studienausgabe in 15 Bänden. Nietzsche-Studien, 21, 1992, p. 28-49. [ Links ], MULHALL, Stephen & SWIFT, Adam. Bem: mas para mim é também verdadeiro que todas as experiências interiores [innere Erlebnisse] egoístas devem ser remetidas às nossas habituadas e inculcadas disposições para com os outros. (6) AGRADECIMENTOS . É através das relações de tensão e antagonismo com os outros que o antagonismo dos impulsos internos é contido de melhor forma, de modo que o dividuum pode atingir unidade ou manter a si mesmo como indivíduo com a tensão interior máxima requerida para a soberania. "Der Organismus als innerer Kampf. Um exame completo dessa explicação da soberania vai além do escopo desse artigo. In. Górgias Trad. [ Links ], SIEMENS, H.W. Defendo que Nietzsche oferece não apenas uma crítica contundente à concepção associal e previamente individuada de pessoa, à qual se conecta a noção liberal de liberdade (compreendida como o direito individual de escolha de sua própria concepção de bem), como ainda um contra-conceito alternativo de pessoa e de soberania. À Profª Thelma Lessa, que, com todo o rigor, orientou minha pesquisa, apresentando-se como uma interlocutora lúcida e crítica que muito me auxiliou diante dos impasses desta investigação. Palavras-chave soberania; sociofisiologia; natureza; moral. Contudo, isso é equilibrado pela "benevolência" no tópico "4) secreção", e obedecendo ao tópico "5) Poder metabólico: veneração temporária, admiração, tornar-se dependente, enquadrar-se [...] ser capaz de servir". Por fim, os textos sociofisiológicos nietzschianos de 1881 desenvolvem não apenas uma potente crítica ao conceito liberal de pessoa [personhood] e de suas pressuposições metafísicas; eles também formulam um conceito alternativo de pessoa [personhood] e com base nele sugerem um contra-conceito de agência soberana que liga a singularidade (ou diversidade) e a manutenção do máximo - mas ponderado - antagonismo interno através de um antagonismo externo - e também ponderado - com os outros. 2. Friedrich Nietzsche. A tarefa prescritiva de Nietzsche é formular uma forma viável de relação consigo mesmo [self-relation] que não falsifique, mas que faça justiça ao que nós somos. de Carlos Alberto Nunes. Para tanto, tomarei como base dois famosos textos: "Do 'Gênio da espécie'" (FW/GC 354, KSA 3.590) e "O que é afinal a vulgaridade?" BENHABIB, Seyla (Ed.). Juntos, eles são pré-formados pelos interesses e funções do organismo social ao qual pertencem originalmente. Mas eles preservam muitos, ainda que o façam ao preço de um retorno à servidão [Gebundheit]. In. Para a última posição de Rawls, OWEN, David. [...] (Nachlass/FP 6 [58], KSA 9.207). Journal of Nietzsche Studies 38, Fall, 2009, p. 20-37. Por anos eu tenho tido relações sociais com pessoas e eu tenho levado a autonegação e a polidez tão longe a ponto de nunca falar de coisas que estão perto do meu coração. 238. [ Links ], MÜLLER-LAUTER, Wolfgang. De modo geral, ele argumenta que essas "verdades" possuem valor seletivo ou de sobrevivência, isto é, possuem valor como meios de preservação da vida orgânica, mas nem por isso são verdades. XIII (HOBBES, Thomas. Podemos agora tomar a questão em seu contexto: se a medida e a paz interior obtida através da autossujeição à lei moral eterna e universal é o caminho da servidão, como então pode a liberdade radicalmente individual ser de todo concretizada? Todas essas funções classificam-se como a autorregulação ou a conquista da "suprema ordenação" e do "sentimento de poder" sobre si mesmo que disso resulta. ¾ 4.ed. Foi um dos mais importante... (página 8) [ Links ], AYDIN, Ciano. Mas não confundir altruísmo como seu oposto! Um pensamento obrigatório volta para o período em que a dominação não estava presente: isto não foi necessário; isto está por detrás da vitória sobre os persas" (Nachlass/FP 6 [27], KSA, 8.108). [ Links ], HOBBES, Thomas. Oxford: Blackwell, 1992. Essas acusações afirmam que a noção de indivíduo formulada na posição original pressupõe que: 1. uma pessoa é previamente individuada: uma pessoa é o que ela é como pessoa independentemente dos fins ou valores que ela escolhe livremente; os fins que eu escolho não são constitutivos da minha identidade ou de quem eu sou. Eles implicam que a linguagem, o pensamento e a consciência são inadequados para comunicar as particularidades das pessoas. (Ed.). Filosofia alemã 2. Em particular, o conceito liberal de liberdade individual como um poder primordial ou "direito natural" dos indivíduos que carecem de proteção contra o constructo artificial do estado é descartado. * "aquele que em maior medida se aparta de si mesmo" refere-se a "4) secreção e excreção: sob a forma de desprezo, desgosto por qualidades que por si só não são mais úteis; comunicando [mittheilen] sua abundante benevolência"; * aquele que "renova" refere-se à "6) regeneração: sob a forma do impulso sexual, impulso pedagógico etc. 9 Junto com a insensibilidade e a repugnância ao natural, há uma atração pelo natural como A naturalização dos valores morais requer claramente uma compreensão naturalizada do ser humano, tarefa descrita em no parágrafo 230 de Para além de bem e mal, numa fórmula que se tornou célebre como a tarefa de "retraduzir o homem de volta à natureza" e de expor "o terrível texto básico homo natura" (JGB/BM 230, KSA 5.167). Nesse contexto, a crítica de uma ontologia substancial toma a forma de uma desconstrução fisiológica do sujeito moral substancial, seguida da reconstrução fisiológica do sujeito como dividuum. Mas como a anotação mostra claramente, a obtenção da ordenação interior é inseparável do que resiste à ordem: o antagonismo ou conflito entre forças. Em vez disso, quando julgamos um impulso como mau, é apenas porque o prazer de sua satisfação está misturado com desprazer ou aversão. No entanto, essas capacidades não podem ser pressupostas como algo intrínseco aos seres humanos, como acontece nas teorias contratualistas liberais. [ Links ]. sobre a (pré) história e a constituição social de nossa capacidade como indivíduos soberanos (sovereign); III. Em uma outra anotação relacionada à sociofisiologia, ele distingue nitidamente entre o caminho da servidão, inaugurado pelos primeiros filósofos morais, como a história do "animal de rebanho" que veio a dominar a modernidade, e a história de seres singulares solitários, como o caminho para a soberania: "O desenvolvimento de animais de rebanho e plantas sociais é inteiramente distinto daquele dos seres solitários ou singulares [einzeln lebend]) (Nachlass/FP 11 [128] KSA 9.488)". Luiz Felipe Baeta Neves. Dessa forma, o sujeito é pluralizado e dinamizado no conceito nietzschiano de um "sistema-de-vida" [life-system] ou organismo, e nossa crença em um sujeito moral substancial, nosso próprio "sentimento de subjetividade" [Subjekt-Empfindung], é reduzido a "meios de preservação", "uma condição da vida para existência orgânica" (Nachlass/FP 11 [270], KSA 9.545). Frete GRÁTIS em milhares de produtos com o Amazon Prime. Como pode o indivíduo ser resguardado do conflito destrutivo dos impulsos de modo alcançar a soberania? Berlin /NY: de Gruyter, 2008, p. 191-210. Ao contrário, o indivíduo é necessário ao menos como ponto focal (um guia), e este somente será livre em relação à posição mais ou menos elevada dos outros. A moralização de nossos impulsos através do processo da internalização é mais bem descrita em uma anotação na qual o caráter social ou relacional de nossos impulsos é claramente enunciado: Que impulsos poderíamos ter que não nos colocassem desde o começo em uma determinada disposição em relação aos outros: nutrição, impulso sexual? E como vimos no Fragmento póstumo 11[182], soberania, nesse sentido (como autolegislação radicalmente individual), se opõe especificamente à autossujeição ao conceito de uma lei moral eterna e universal, ao conformismo e à perda da diversidade humana que tudo isso implica. 3. Como o indivíduo pode ser resguardado do conflito destrutivo de seus impulsos de modo a que se promova sua soberania? Sua reivindicação é que há uma lei moral eterna [ewiges Sittengesetz]; eles não querem reconhecer a lei individual [das individuelle Gesetz] e chamam o esforço para atingi-la de imoral e destrutivo. A Arqueologia do Saber; trad. Friedrich Wilhelm Nietzsche (/ ˈ n iː tʃ ə / [8] ou / ˈ n i tʃ i / [9]) nasceu em uma família luterana, em 15 de outubro de 1844.Filho de Karl Ludwig, seus dois avós eram pastores protestantes. Este artigo examina as considerações de Nietzsche acerca das fontes sociais e históricas do eu como um contra-argumento à concepção liberal de indivíduo. Cf. Dessa maneira, essa anotação ilustra como o "erro categorial" de discutir moralidade em termos fisiológicos pode servir a Nietzsche como uma estratégia textual para atravessar [crossing-out], ou pelo menos resistir, à regra de similitude da linguagem, assim como para falar de uma perspectiva particular: a particularidade, como o fundamento da demanda por uma moral radicalmente individual, é ela mesma fundada nas condições de existência específicas de cada forma-de-vida única. Isso seria somente amor para com outro pretenso indivíduo! Nachlass/FP 16 [17] KSA 7.399: "Socrates. O indivíduo é por este meio resguardado do sofrimento, mas o mesmo não ocorre com sua soberania. de Minuit, 1967. (Folha explica) ISBN 85-7402-212-8 1. DRIES, Manuel. (Zu Schopenhauer, dated Oktober 1867 - April 1868, in: BAW III 352 - 370 (452 - 3 for Nachbericht). He began his career as a classical philologist before turning to philosophy. Compte rendu, publié sous la direction de Gilles Deleuze, du colloque qui s’ést tenu du 4 au 8 juillet 1964 à Royaumont. "Sujeito" é a condição para a existência da vida orgânica, por isso não a "verdade"; mais, a sensação de sujeito [Subjekt-Empfindung] pode ser essencialmente falsa, mas é o único meio de sobrevivência.

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